29 dezembro, 2014

De como um lago esconde um universo

O Oceano no Fim do Caminho 
(The Ocean at the End of the Lane) 
por Neil Gaiman (tradução Renata Pettengill)
Intríseca - 205 pgs

Um homem de meia-idade volta para um funeral no local onde passou a infância, e esse retorno traz lembranças há muito esquecidas. Quarenta anos antes, um suicídio desencadeia acontecimentos inimagináveis, na mesma época ele conheceu Lettie Hempstock, uma garotinha de 11 anos, que promete protegê-lo sempre. 

É uma história fantástica, porém também encontramos elementos de terror, mas sempre permeados pela amizade e proteção que Lettie tem pelo garotinho (que é o homem de meia-idade e não tem nome). 

O garotinho lê muitos livros, e em vários momentos durante a narrativa é possível encontrar referências deles. Isso nos leva a questionar se os acontecimentos narrados são reais, ou se acontecem apenas na imaginação dele.

A narrativa é deliciosa, em várias passagens é impossível não se identificar com situações pelas quais os personagens passam, e reviver momentos da própria infância. 

"Não sinto saudade da infância, mas sinto falta da forma como eu encontrava prazer em coisas pequenas, mesmo quando coisas maiores desmoronavam." (página 169)

A edição é bem bacana, as páginas são amarelas, as capas tem orelhas, a diagramação é muito boa. Encontrei alguns errinhos de revisão, mas nada que influencie no  ritmo da leitura. 

Em resumo: é um livro muito, mas muito bacana mesmo. Leia e ao mesmo tempo tente fazer uma relação com sua própria infância,  impossível não se lembrar do pequeno leitor (a) que você era.



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16 dezembro, 2014

#VAIserÉPICO, ops... #FOIÉPICO



As Comics existem desde meados de 1970, a mais famosa de todas é de San Diego que atrai cada vez mais pessoas. 

De uns anos pra cá, os quadrinistas e seus fãs vem ganhando espaço aqui no Brasil também, e nada melhor para demonstrar isso do que organizar uma Comic por aqui também.

E foi o que pessoal do Omelete fez. O evento foi realizado entre os dias 04 a 07.12.2014 no Centro de Exposições Imigrantes.

Eu estive lá no dia 07.12.2014, então vamos ao que interessa, o que eu achei disso tudo.

Action figures

  • Espaço - eu já conhecia o local utilizado pro evento, é bem grande, bem localizado, fácil acesso pelo metrô Jabaquara ou pela Rodovia dos Imigrantes. quem foi de carro tinha a opção de estacionamento dentro do evento, já quem optou por transporte público tinha uma van gratuita saindo de uma rua próxima ao metrô. Dentro do evento os corredores eram largos, tinha acesso a cadeirantes, e a visualização dos estandes estava muito boa;
  • Preços - os ingressos foram colocados à venda bem antes do evento. Quem comprou no primeiro lote conseguiu um preço melhor, nos dias do evento os preços variavam de R$ 69,90 a R$ 200,00. Um diferencial que achei muito bacana foi o "ingresso social", onde quem doasse um livro em bom estado tinha direito a pagar meia entrada, ponto pra eles. Tinham inúmeros estandes de alimentação, desde o clássico arroz e feijão, até doces de encher os olhos. Os valores variavam bastante, mas era possível comer sem gastar horrores. Porém, em mais um evento o preço da água estava absurdo, R$ 5,00 a garrafa. No dia que fui, estava um calor terrível, dentro e fora do evento, lá pelo meio da tarde as filas nos bebedouros, que eram pouquíssimos, estavam enormes. E pasmem, alguns desistiram das filas e foram encher as garrafinhas nos banheiros. Entendo que todos precisam ter retorno do investimento, mas água é primordial. No mínimo mais bebedouros;
  • Informações - parabéns para todos que estavam trabalhando por lá, simpáticos e atenciosos. Já na entrada, recebíamos um jornalzinho com todas as informações necessárias, e cá entre nós, muito bem feito, bonito, fácil de entender.


Quem foi pra lá acreditando que iria encontrar inúmeros descontos e preços super convidativos, se deu mal. Não vi grandes descontos, nem promoções. Tinham poucos estandes de editoras, e eram pequenos, com exceção da Editora Aleph que estava impecável, e da Leya que era muito bacana também. Os dois trouxeram vários escritores, com destaque pro Timoothy Zahn, escritor da trilogia "Star Wars - Thrawn" lançado pela Aleph, que é a simpatia em pessoa e ficou por lá todos os dias. Na Leya encontrei o Enéias Tavares, ganhador do concurso do selo Fantasy, e claro não perdi a oportunidade de garantir meu autógrafo.

Timothy Zahn
Enéias Tavares
Alex DeLarge do Laranja Mecânica no estande da Aleph
Princesa Leia e R2D2

O Artist Alley reuniu nada menos do que 218 quadrinhistas entre nacionais e internacionais (mais do que a San Diego Comic Con deste ano).  E isso, pra mim, foi a parte mais bacana do evento, poder chegar perto, conversar com seu artista preferido e conhecer tantos outros que estão começando. 

Artist Alley
Sem contar os painéis, o greet & meet como Jason Momoa, Sean Austin, Rebeca Mader, Senhor Barriga entre outros, cosplayers pra todos os gostos, action figures de babar, eventos pipocando o tempo todo em todos os lugares e a tão aguarda pré-estreia do "O Hobbit".

Cosplayers

Em resumo, não é um evento barato, porém se você é fã de quadrinhos e do mundo "nerd" vale cada centavo. Os organizadores estão de parabéns, tirando uma coisinha aqui ou outra ali, o evento foi impecável, melhor dizendo épico.

02 dezembro, 2014

Parceria com a autora Raquel Machedo

Raquel Macedo
Raquel Machado é gaúcha, criativa, perfeccionista e persistente desde sempre. Formada em Ciências da Computação, mas na verdade é uma apaixonada pelas artes. Já se enveredou pelos caminhos do teatro, coral e dança. Ama ler e escreve desde criança, e em 2014 publicou seu primeiro livro "Vingança Mortal".

Bem-vinda ao mundo dos escritores, e que esse seja o primeiro de muitos.


"Um grupo de amigos, um assassinato e um mistério que revelará mais do que você imagina."

Vingança Mortal
Vingança Mortal

Ao receber uma ligação sobre a morte de sua melhor amiga, Brenda volta a sua cidade natal, Lageado Grande. Lá ela vai ao velório de Nicole, onde encontra seu rosto marcado por facas. Uma dúvida surge: será que realmente foi um acidente como todos falam?
Ao voltar para casa algumas pistas aparecem, e Brenda fica obstinada a investigar a morte de Nicole. Ela decide então voltar as suas raízes. Porém, o tempo parece ter mudado muitas coisas, inclusive as pessoas que ela imaginava conhecer.
Envolvida em uma rede de intrigas, dinheiro, drogas e traição, ela se vê prestes a montar um quebra-cabeça, onde cada peça parece se encaixar com extrema exatidão. E a solução para esse mistério, pode revelar um segredo escondido há muito tempo.



Mais uma vez, muito feliz e grata pela confiança depositada no meu trabalho. Ansiosa, como sempre, pela leitura.