Os Molambolengos (Os Squickerwonkers)
por Evangeline Lilly (Bruna Beber)
Aleph - 48 pgs
Selma é uma garotinha extremamente mimada. Certo dia, se perde em um parque de diversões e encontra uma carroça. Nela a menina vai conhecer os seus moradores, os Molambolengos, e com eles irá aprender quem nem sempre tudo acontece do jeito que ela quer.
O que a gente faz com sobrinho em casa? Põe pra ler, é claro. E o post hoje é especial, tem a opinião dele e a minha também sobre um livro fantástico. Então, pra começar vamos ao vídeo.
Vira e mexe eu leio um livro infantil. São leituras rápidas, geralmente divertidas e não me canso de lê-las. Mas esse livro me chamou a atenção, a princípio, por outro motivo: a escritora é a atriz Evangeline Lilly.
Não sou do tipo fã maluca, mas gostei muito da atuação dela em Lost, série que acompanhei até o "trágico final". E apesar de algumas restrições, também gostei dela como Tauriel em O Hobbit. No final de 2015, fiquei sabendo que ela iria estar na CCXP, não como atriz, mas para lançar um livro infantil. Pronto, decidi que queria ler o livro e conhecê-la.
Foi uma correria fora do normal pra chegar cedo lá, mais 4 horas de fila, mais fome, mais calor infernal, mas no final consegui o autógrafo. E valeu cada segundo, além de linda ela foi extremamente atenciosa com todos.
E o que fazer em 4 horas de fila? Ler, é claro. Aproveitei o "tempinho" pra conhecer a história. E que boa surpresa. Como todo livro infantil, aqui também nós temos uma história que nos traz algumas lições. Mas a maneria como essa foi narrada é algo bem especial. O texto lembra muito a estrutura de poesia, onde encontramos uma composição de versos e rimas.
"De repente, um barulho do alto!
A girar, nove vultos, assombrados!
Seus corpos dependurados
Como se fossem nós, entrelaçados,
Como se os nove, juntos, estivessem enforcados!
(página 12)
Outra coisa que me chamou muito a atenção foram as ilustrações de Johnny Fraser-Allen. Em livros infantis, normalmente elas são "fofinhas", e apenas o personagem mau é retrato de forma mais sombria. Mas não é o que encontramos aqui. O livro todo tem uma aura sombria, quase assustadora. E eu adorei, achei fantástica essa abordagem. O livro consegue passar a mensagem a qual ele se propõe, mas de uma maneira única. É impossível não se envolver com a leitura, e no final ficar com aquele gostinho de quero mais.
Livro mais que recomendado pra crianças de todas as idades. Além de uma história deliciosa, a parte gráfica é quase uma obra de arte.