A Culpa é das Estrelas (The Fault In Our Stars)
por John Green (Renata Pettengill)
Intrínseca - 286 pgs
Sim, eu li. Até que enfim, eu li. E sim, chorei e não foi pouco, mas também sorri.
Esse livro já estava na minha estante há 3 longos anos por motivos de: spoiller e já lidei com câncer na vida real e não queria ler nada sobre isso.
Assim que peguei o livro, e me fiz dona dele, um ser muito simpático decidiu que eu seria a vítima perfeita pra lançar toda sua ira contra o que não gostou na leitura, me transformando assim em um receptáculo de todo o spoiler possível sobre essa história. Quando me refiz do trauma e achei que, mesmo sabendo o final, poderia lê-lo e ainda assim gostar, enfrentei um caso de câncer na família. Isso fez com que o colocasse no canto mais obscuro da minha estante.
Mas tudo tem sua hora, e enfim chegou a de lidar com meus traumas.
A Hazel Grace é uma adolescente que lida com o câncer desde muito nova, e é nossa protagonista e narradora. Ela conhece Augustus Waters durante um sessão de terapia em grupo. Ele também é um sobrevivente do câncer. A partir daí, os dois constroem um história linda e comovente.
A princípio, parece apenas a história de amor entre 2 jovens à beira da morte. Porém, o livro é muito mais do que isso. O romance entre os 2 é apenas pano de fundo pro autor explorar um universo repleto de momentos únicos. A vida é uma sucessão de pequenos bons momentos, porém dificilmente nos damos conta disso. E essa história nos traz exatamente essa visão. Pessoas que mesmo diante da morte, conseguem amar, sorrir, fazer planos e ver algo de bom nisso tudo. Talvez essa seja uma opinião muito particular, devido ao que vivenciei. Mas independente disso, o livro é muito bem escrito. As personagens principais são fantásticas. Eles tem uma dose de humor, que mesmo entre lágrimas é possível achar engraçado várias passagens.
A história é tratada com uma sensibilidade tocante, mesmo tratando de um tema "pesado", a narrativa é leve. É impossível não rir das "piadas" do Gus, se revoltar juntamente com o Isaac ou admirar a inteligência da Hazel. Enfim, a história é narrada de maneira a te prender na trama e fazer com que vivencie todos os momentos de dor e felicidade das personagens.
A minha edição é com a capa original, mas existe também a capa que remete ao filme. A diagramação é muito boa, margens espaçadas, letras em um tamanho bom, papel amarelado e orelhas nas capas. Não encontrei erros de revisão.
Em resumo: o livro me surpreendeu com uma narrativa envolvente, personagens cativantes e uma história marcante. Vale muito a leitura, mas eu deixo um aviso. Se por acaso você como eu, lidou de alguma maneira com essa doença ou outra qualquer, talvez a leitura seja um pouco mais dolorida.
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